Libertados 2 dos 17 reféns norte-americanos sequestrados no Haiti

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Missionários foram sequestrados quando foram visitar um orfanato na cidade de Porto Príncipe. Os criminosos exigem um resgate de US$ 1 milhão por cada um deles. Vista aérea do bairro Jalousie, em Porto Príncipe, capital do Haiti, em 28 de setembro de 2021. Grupo de 17 missionários dos EUA foi sequestrado por uma gangue no país em 16 de outubro de 2021.
Rodrigo Abd/AP
Dois dos 17 norte-americanos que foram sequestrados por uma gangue do Haiti em meados de outubro foram libertados, informou neste domingo (21) a igreja à qual os reféns são filiados.
A igreja Ministérios de Ajuda Cristã, com sede nos Estados Unidos afirmou que não pode fornecer muita informação, mas disse que os dois estão sob cuidados e aparentaram estar animados.
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Um grupo de 16 americanos e um canadense foram sequestrados em 16 de outubro quando voltavam de um orfanato ao leste da capital, Porto Príncipe, região controlada por uma das gangues criminosas mais poderosas do Haiti.
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A Ministérios de Ajuda Cristã tinha informado que os reféns são 12 adultos com idades entre 18 e 48 anos e cinco crianças com idades entre oito meses e 15 anos.
“Não podemos fornecer ou confirmar os nomes dos libertados, as razões de sua libertação, de onde são ou sua localização atual”, disse a congregação.
1 milhão de dólares por cada refém
A gangue “400 Mawozo” está por trás do sequestro e exigiu um resgate de um milhão de dólares por cada refém. Nenhum detalhe sobre o tema foi divulgado pela igreja neste domingo.
Agentes do FBI, autoridades haitianas e a unidade antissequestro da polícia nacional vêm negociando com os sequestradores há mais de um mês.
Desde dezembro de 2020, a polícia haitiana procura o líder da gangue, Wilson Joseph, por crimes como homicídio, sequestro, roubo de veículo e interceptação de caminhões de carga.
País dominado pelas gangues
O aumento recente dos sequestros no Haiti deixou em evidência o domínio crescente das gangues no país, o que as forças de ordem não têm conseguido conter.
As gangues tomaram o controle de grande parte de Porto Príncipe, que está mergulhada em uma intensa crise política, particularmente após o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho.
Os Estados Unidos alertaram seus cidadãos a não viajarem ao Haiti, em particular devido a sequestros que visam particularmente os americanos.
Na semana passada, tanto os Estados Unidos quanto o Canadá recomendaram adicionalmente que seus cidadãos residentes no Haiti deixem o país.
Mais de 800 pessoas foram sequestradas para pedido de resgate desde janeiro no Haiti, segundo o Centro de Análises e Pesquisas em Direitos Humanos (CARDH, na sigla em inglês).
Em abril, dez pessoas, incluindo dois clérigos franceses, foram sequestrados e mantidos como reféns por 20 dias pela “400 Mawozo” na mesma região.
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Fonte: G1 Mundo